Certificados
Quando falamos de certificados de blindagem ouvimos falar em varias siglas, entre elas o Retex, CR, TR, e outras, mas você sabe o que é cada um desses documentos e quais os necessários que diferenciam uma verdadeira empresa de blindagem de uma serralheria que não está homologada a trabalhar com materiais certificados blindados??
Produtos Controlados
A classificação de um produto como controlado pelo Exército tem por premissa básica a existência de poder de destruição ou de outra propriedade de risco que indique a necessidade de que o seu uso seja restrito a pessoas físicas e jurídicas legalmente habilitadas, técnica, moral e psicologicamente, de modo a GARANTIR A SEGURANÇA DA SOCIEDADE E DO PAÍS.
Apesar da blindagem balística não ter poder de destruição mas sim defesa, em mãos erradas pode ser utilizada para cometimento de crimes contra a sociedade, principalmente por veículos blindados, por isso ele também se enquadra no hall de produtos controlados pelo exército.
Os materiais balísticos são divididos em dois.
1- blindagem opaca
2- blindagem transparente.
Blindagem transparente é todo material em que existe transmissão de luminosidade, pode ser feito de uma composição de vidro, policarbonato ou outros.
Já a blindagem opaca, são os materiais que não são transparentes, como aço, concreto, manta balística e outros.
A norma que rege essa relação do que é considerado blindado ou não é a NBR15000, a mesma não faz distinção entre blindagem arquitetônica ou automotiva mas sim o procedimento de testes para validação da eficacia do material, ela é fiscalizada e controlada pelo Exército Brasileiro. Vale lembrar também que a NBR15000 não especifica espessura dos materiais, sendo avaliado apenas se o material, independente da espessura, resiste aos disparos efetuados. Cada empresa de blindagem tem sua fórmula aprovada pelo exército com a respectiva espessura.
O que significa cada um desses documentos?
O primeiro documento básico de uma empresa de blindagem é o CR, Certificado de Registro, esse documento vai nortear o que cada empresa pode fazer dentro do escopo de produtos controlados pelo Exército Brasileiro. Empresas que comercializam blindagem arquitetônica e automotiva, transportam e aplicam devem apresentar o CR . O mesmo possui validade e deve ser renovado a cada 24 meses.
O TR, Título de Registro, também é um documento da empresa, ele é responsável por homologar a fabricação do material blindado. Geralmente se aplica à blindagem transparente (vidros blindados), por não ser uma questão de aplicação e sim fabricação. Para uma empresa possuir o TR, a primeira etapa é fabricar um protótipo, enviar ao Exército em Marambaia/RJ para ser submetido a diversos testes para que seja emitido o ReTex.
Poucas empresas possuem o TR e geralmente elas são fornecedores de matéria prima para as empresas que possuem o CR fazer a comercialização e aplicação. Assim como o CR o TR também tem prazo de validade e deve ser renovado a cada 24 meses.
Produtos importados não possuem TR pois a fabrica fica fora do País, não podendo ser vistoriada pelo exército, quando assim, basta a empresa importadora possuir o CR e os laudos do ReTex.
A fabricação dos produtos controlados poderá ser autorizada, pelo Exército, à pessoas jurídicas registradas, por meio do Título de Registro (TR). No tocante à qualidade do produto controlado fabricado no Brasil, cabe ao Exército avaliar o protótipo a ser produzido. De acordo com o R 105, cabe à empresa fabricante garantir que seu produto atenda às mesmas características daquele modelo.
Esta avaliação do protótipo é realizada pelo Centro de Avaliações do Exército (CAEx), no Rio de Janeiro e segue padrões e normas internacionais, emitindo-se, no caso de aprovação, um Relatório Técnico Experimental (RETEx) para cada produto. Este novo PCE será apostilado ao TR da empresa fabricante. Ou seja, o Retex nada mais é do que a validação por via documental da amostra do produto enviado para testes pelo Exército Brasileiro.
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